Modelo Mental - Gerador de Personas
- IPCE
- 29 de mar. de 2018
- 11 min de leitura
Por Maurício Mendonça, 2018

Esse artigo tem o pretensioso objetivo de propor um modelo mental que explique alguns dos ainda misteriosos fenômenos da mente humana, a saber: Mediunidade, personismo, animismo, dissociação da personalidade e síndrome das personalidades múltiplas. Devido à complexidade do tema, precisamos primeiramente chegar a um entendimento comum dos conceitos utilizados.
PERSONA
Aksakof em seu livro “Animismo e Espiritismo” classificou os fenômenos que provinham do psiquismo do próprio médium e para isso criou o termo “personismo” e sugeriu que a identificação do algo que se comunica seja denominado “persona”.
Fenômenos psíquicos inconscientes, produzindo-se -nos limites da esfera corpórea do médium, ou intra-mediunicos, cujo caráter distintivo é, principalmente, a personificação, isto é, a apropriação (ou adoção) do nome e muitas vezes do caráter de uma personalidade estranha à do médium. … No latim persona se referia antigamente à máscara que os atores colocavam no rosto para representar a comédia, e mais tarde se designou por esta palavra o próprio ator. Aksakof
Mas o que é (ou quem é) que se manifesta nesses casos? Continua Aksakof:
Os fatos dessa categoria nos revelam o grande fenômeno da dualidade do ser psíquico, da não identidade do “eu” individual, interior, inconsciente, com o “eu” pessoal, exterior e consciente;eles nos provam que a totalidade do ser psíquico, seu centro de gravidade, não está no “eu” pessoal; que esse último não é mais do que a manifestação fenomenal do “eu” individual (numenal); que, por conseguinte, os elementos dessa fenomenalidade (necessariamente pessoais) podem ter um caráter múltiplo - normal, anormal ou fictício -, segundo as condições do organismo (sono natural, sonambulismo, mediunismo). Aksakof
Fica claro, segundo Aksakof, que essa “persona” que se manifesta é algo diverso e aparentemente autônomo do eu-consciente. Supomos também que além das origens citadas, essa persona também pode ser originada a partir de personalidades de vidas passadas do medium. Entretanto não sabemos qual é o processo mental responsável pela substituição temporária do eu-consciente pela persona que se comunica naquele momento, e como se daria a construção (ou geração) dessa persona. Essa é a problemática que pretendo abordar em seguida.
INDIVIDUALIDADE E PERSONALIDADE
Ainda para possibilitar o desenvolvimento dessa idéia faz-se necessário ressaltar os conceitos de individualidade e personalidade no contexto espiritual. Para tanto vamos nos ancorar nas considerações de Hermínio Miranda de acordo com os livros: A memória e o tempo; e Alquimia da Mente. Segundo o autor:
A Individualidade é o ser inteligente, integral, o espírito eterno. Guarda em si, todas as experiências fisiológicas e psicológicas desde a sua criação, todas as memórias de suas vidas na matéria e fora dela; normalmente instalada (conectada) no hemisfério direito; a mente. Ser consciente, responsável, lúcido e permanentemente ligado à mente cósmica, está instalado no hemisfério cerebral direito seu posto de monitorização e comando. É a Individualidade que traz nas suas próprias estruturas espirituais, não apenas a vivência de todo um passado de experiências, como a programação para cada nova experiência que se inicia na carne. Uma vez colocados na memória operacional da criança, no hemisfério esquerdo, os programas necessários à manutenção da vida, ela se retira para o contexto que lhe é próprio e, através de seus terminais no lobo direito, monitora a atividade que a Personalidade vai desenvolvendo. (Hermínio Miranda, Alquimia da Mente) A Personalidade é o mesmo ser individual, porém sem todos os recursos da individualidade. Dispõe, regra geral, da memória da vida atual, do núcleo dos instintos, das aquisições morais e de Inteligência, sem, no entanto lembrar-se das memórias arquivadas das existências anteriores; normalmente instalada no hemisfério esquerdo; a alma. (Hermínio Miranda, Alquimia da Mente)
Acrescento que nesse contexto uma Persona é uma manifestação em estado alterado de consciência, de uma personificação diferente do estado normal, inclusive com outra auto-identificação. A persona pode ter uma existência efêmera e de baixa persistência, traduzindo, pode existir somente por um breve intervalo de tempo, de alguns minutos por exemplo. Pode também ter uma existência de alta persistência, ou seja de longa duração, talvez por dezenas de anos.
Personas são "pessoas" observáveis e percebidas por agente externo ou sentidas pelo "Eu" consciente com duração variável. Por exemplo, durante uma incorporação mediúnica, é gerada uma persona que na realidade é uma soma (ou mistura) da personalidade do médium com a do espírito desencarnado.
MODELO MENTAL de GERADOR DE PERSONAS
Expandindo então essas idéias, proponho que exista um módulo funcional da mente, um “gerador de persona” que seria o responsável pela criação/geração dessa “persona”, entretanto não estaria restrito ao fenômeno do personismo e sim a qualquer “pessoa” que se expressa pela interface do eu-consciente (talvez inclusive, ele próprio).
O MGP é um modelo teórico que pretende representar o funcionamento da mente, no que diz respeito a geração de "personas", representado por blocos que interagem e através do fluxo de informação possam explicar os fenômenos psicológicos normais e paranormais da psicologia humana.

Descrevendo os blocos, suas funções e os fluxos de informações:
G- Gerador de Persona:
O Gerador de Persona é o ponto central do modelo, o motor responsável pela geração/construção dos diversos tipos de personas de acordo com os inputs e/ou estímulos externos ou internos à mente.
Tipos de persona: Persistente (longa duração), Efêmera (curta duração) e Imaginária (criação própria ou por sugestão hipnótica). Talvez essas personas e suas próprias memórias sejam armazenadas e possam ser recuperados para ser usados posteriormente.
Imagino o Gerador de Persona, como uma fabrica de "personalidades" (ou almas). Seria uma espécie de programa de computador que tem como entrada as diversas fontes de informações presentes no MGP e como saída (resultado do processamento) geraria uma persona que pode ser efêmera ou persistente.
A muitos anos atras vi uma ideia parecida da Dra Hellem Wanbach no livro Recordando Vidas Passadas, onde na conclusão do livro ela compara as diversas vidas como frutas de uma arvore (a individualidade), onde cada fruta seria uma vida (personalidade).
A – Blocos de inputs (estímulos) externos
Os estímulos podem ser Naturais (meio ambiente), Hipnóticos (ou auto-hipnóticos) e de Espíritos (desencarnados ou encarnados)
B – Blocos de inputs (estímulos) internos
Esses estímulos podem ser Memórias de Vidas Passadas e as Memórias da Vida Presente
B – Blocos de Saída (tipos de personas)
Podem ser persistentes (de longa duração), efêmeras (de curta duração) e imaginárias - que podem até ser guardadas para uso posterior, como um programa de computador e seus dados.
Observações:
As memórias das personalidades/individualidades envolvidas são atributos das próprias personalidades, ou seja cada uma contem e carrega suas próprias memórias e outros conteúdos espirituais.
A persona pode ser "criada" por mais de uma personalidade encarnada ou desencarnada, como em um processo simbiótico de uma obsessão (no sentido espírita, descrito em "Mecanismo da Mediunidade" de André Luiz/Xavier), ou durante reuniões mediúnicas de desobsessão típicas, entre outros casos.
Podemos em último caso considerar que a personalidade é um caso particular de persona, onde os inputs seriam a própria individualidade e suas múltiplas experiências e memórias pregressas.
Natureza e Localização do MGP
O modulo funcional da mente/cérebro responsavel pela linguagem oral localiza-se em certa região cerebral normalmente no hemisfério esquerdo, evidentemente os dualistas atribuem algum tipo de participação funcional e orgânico de sua contra-parte espiritual. Acredito que também exista algo similar que seja o modulo funcional gerador de personas, ou seja existe uma estrutura organica/lógica que tem a função de gerar as personas.
Justifica-se criar um conceito novo (um modelo conceitual) para explicar esses fenômenos?
Para ser franco não tenho certeza disso. Mas, arrisco-me elencar alguns itens para ajudar-nos a refletir sobre a questão :
1) Didático - uma vez compreendido e divulgado seria melhor compreendido os fenômenos relacionados acima;
2) Analítico - Definidos os blocos e suas funções poderiam ser melhor estudados e avanços poderiam ser incorporados ao modelo;
3) Científico - Apresentado o modelo e definido seus componentes a academia teria talvez mais simpatia para estudar esse tipo de fenômenos;
FENÔMENOS x MGP
Vamos ver a seguir como o MGP explicaria alguns dos fenômenos mentais estudados pelo espiritismo e já citados aqui:
MEDIUNIDADE SUBJETIVA:
Assim como o Hipnotismo, a mediunidade que antes era considerada pela "ciência" como simples e pura fraude, conseguiu chegar a um novo patamar. Os médiuns no geral, são considerados pessoas "normais", com os quais ocorrem fenômenos bizarros que precisam ser melhor explicados cientificamente. Ou seja, o fenômeno é real, a interpretação desses fenômenos é que varia de acordo com a escola acadêmica de cada pesquisador e suas crenças ou descrenças.
Penso que talvez a maioria das ocorrências desse fenômeno (mediunidade subjetiva), possa ser classificada como animismo, uma vez que geralmente as informações passadas pelos médiuns tem um caráter genérico, apesar da carga acentuada de emoções envolvida. Algumas vezes, entretanto, esse fenômeno sugere a participação ativa de entidades exógenas (mortos ou vivos) portanto não pertencente à psique do médium dada quantidade e qualidade de informações aparentemente inacessíveis por ele. A partir desse ponto, rogo ao leitor, que aceite temporariamente a hipótese da sobrevivência e comunicabilidade da alma humana apos a morte e mesmo entre vivos (em moldes parecidos com a teoria espirita), como mera hipótese de trabalho; aí então avaliaremos se o MGP consegue tornar mais claro as nuances desse intricado fenômeno.
Segundo Kardec, todos as pessoas são médiuns, uma vez que todos sofrem influencia dos espíritos, uns mais, outros menos. Entretanto, convencionou-se chamar de médiuns, aqueles que apresentam manifestações ostensivas. O Modo como se dá essa "influencia" foi exposto amplamente pelo espirito André Luiz (por Chico Xavier) em mecanismo da mediunidade, e não será objeto de analise nesse texto.
Aqui nos deteremos nos casos onde algum nível de consciência é formado além da consciência do médium, ou melhor, pode ser identificada uma persona diferente da personalidade (do médium). Desde uma frase, um pensamento mais elaborado, até a chamada "incorporação" ou "possessão".
Não importa no presente estudo, a qualidade dessa influencia, se é benéfica ou maléfica e sim o grau, a intensidade dessa influencia.
O leitor mais atento, já pode perceber onde quero chegar: A equação de influenciação já esta estabelecida, faltando apenas considerar o grau de participação de cada variável.
Fazendo uma analogia com a matemática, e levando em conta as principais influencias:
P(n) = aX + bY + cZ
Onde:
P(n) será a Persona resultante dos diversos inputs em determinado momento.
X,Y e Z são as influencias do Espirito (desencarnado), Personalidade da Vida atual e Personalidade Passada respectivamente (cada um com a sua moral e memórias associadas) e
a, b e c são os pesos (graus) com que cada agente influenciador participa nessa composição.
Então uma "comunicação" oriunda dessa persona p(n) tem características em função dos pesos atribuídos a cada influencia. Quanto maior for o percentual de participação de aX maior será a "pureza" da mensagem em retratar o pensamento do Espirito (menos filtro será aplicado) e maior será o sentimento de auto percepção, e ao contrario quanto menor for esse grau mais será possível identificar o pensamento do Médium.
É normal então, esperar que em uma determinada ocorrência de uma comunicação mediúnica, uma composição mista... uma co-produção, por assim dizer, entre o médium (personalidade) e o espírito comunicante. O pesquisador que não levar essa possibilidade em consideração corre sério risco de não conseguir compreender o fenômeno.
Exemplificando:
Digamos que o transe mediúnico num caso especifico, possa ser assim estabelecido: Em termos de influenciação:
a) 60 % do espirito (entidade externa)
b) 25 % da personalidade (sua alma encarnada)
c) 15 % de alguma sua vida passada
Isso geraria uma personalidade (efêmera) p(1) com fortes características do espirito desencarnado.
O mesmo espirito (usando outro médium) poderia ser assim:
a) 25 % do espirito
b) 55 % da personalidade
c) 25 % de vidas passadas
Isso geraria uma outra personalidade (efêmera) p(2) um tanto quanto diferente de p(1) com predominância do psiquismo do médium.
Observe que apesar de nos dois casos o mesmo espirito está influenciando ambos os médiuns em momentos diferentes, as personalidades (efêmeras) p(1) e p(2) resultantes serão substancialmente diferentes. Assim o pensamento aparente de p(1) e p(2), bem como "suas" memorias e comportamento psicológico podem ser também divergentes.
SINDROME DAS PERSONALIDADES MULTIPLAS
Na minha opinião a "explicação" acadêmica psicológica para essa síndrome é uma mera catalogação, assim como também cataloga como "dissociação da personalidade" todos os fenômenos, mediúnicos ou não. Apesar disso parece haver motivos suficientes para acreditar que algumas dessas ocorrências sejam puramente um fenômeno interno (psicológico) relativo à vida atual. Nesses casos as explicações psicológicas atuais têm uma visão apropriada sobre eles, atribuindo geralmente à causa alguns traumas na infância ou então seriam decorrentes de distúrbios orgânicos.
Para mim as causas dessas cisões são realmente traumas causadas em tenra idade, chamarei esses traumas de "coágulos mentais" que não estão disponíveis normalmente na consciência da "personalidade" atual, mas a TVP sugere que muitos deles são originários de vidas pregressas (personalidades do passado). Os coágulos mentais seriam os gatilhos que disparam o processo de criação de uma nova "persona imaginaria", até certo ponto independente da personalidade (apresentando um alto nível de autonomia e autoconsciência e com algum grau de persistência). Evidentemente haveria em um grau menor influencias dos outros elementos do bloco A e demais memórias. O tratamento de TVP já bastante utilizado, provoca a catarse, como que descongelando o "coágulo" através de uma rememoração e adicionalmente trás o problema para a consciência da personalidade atual onde pode ser racionalizado e desagregado.
O MGP explicaria esse fenômeno da seguinte forma: As personas são geradas da mesma forma que o explicado no item anterior só que ela (as) seria do tipo persistentes (de longa duração) e armazenadas na mente e que de vez por outra emerge e toma controle do psiquismo do paciente.
HIPNOSE E ANIMISMO
Bem recentemente o hipnotismo foi aceito como um fenômeno autentico (real) e útil pela ciência acadêmica, mas ainda não existe uma explicação para seu funcionamento intrínseco, e quais as suas causas.
Estou considerando aqui especificamente o fenômeno quando o operador dá o comando hipnótico para que um "sujeito" assuma a personalidade-aparente de alguém conhecido ou invente um de acordo com parâmetros passados a ele naquele momento. Salientando que esse operador também pode ser um espírito desencarnado agindo como em um processo de obsessão.
Temos que considerar ainda que um comando hipnótico deve ser acolhido (aceito) pela mente do "sujeito" - mas parece que esse "de acordo" não é dado pela personalidade - e sim por algum outro núcleo consciente da individualidade (chama-se isso comumente de "inconsciente"). De qualquer forma o fenômeno acontece e o "sujeito" passa a agir e imagina-se ser a "pessoa" sugerida.
O fenômeno citado acima também pode ser puramente anímico, onde todos os inputs seriam do psiquismo do sujeito que por causas variadas dá a sim um auto comando (auto hipnose) e cria uma persona efêmera e imaginária.
Como aconteceria essa transformação temporária de acordo com o MGP?
Acolhida a ordem hipnótica (ou anímica) o gerador de persona recebe informações de memórias atuais e de vidas passadas, e então gera uma persona-efêmera-imaginaria. Essa persona dura até o final do transe hipnótico/anímico, podendo ser "evocada" em momentos posteriores em novo transe.
Esse processo pode explicar alguns dos fenômenos que geralmente se atribui a fenômenos mediúnicos em reuniões mediúnicas espiritas isso é chamado de animismo.
Recorrendo novamente à analogia matemática, e levando em conta as principais influencias:
P(n) = aX + bY + cZ
Onde:
P(n) será a Persona (efêmera-imaginária) resultante dos diversos inputs em determinado momento.
X,Y e Z são as influencias da Individualidade, Personalidade da Vida atual e Personalidade Passada respectivamente (cada um com a sua moral e memórias associadas) e
a, b e c são os pesos (graus) com que cada agente influenciador participa nessa composição.
A PERSONALIDADE
Conforme o Livro dos Espíritos a alma é o espírito encarnado. Então de acordo com o MGP isso significa que a personalidade (espírito encarnado) também seria criada pelo gerador de persona, tendo como inputs parte da bagagem da individualidade, incluindo obviamente os recursos das personalidades das vidas pregressas. Sendo assim a personalidade seria um caso especial de persona de alta persistência e que se origina após a concepção (ou talvez um pouco antes).
Durante a vida do sujeito, a personalidade sofre as influencias do meio e das situações em que vive e obtém cada vez mais bagagem espiritual conforme seu próprio esforço e mérito. A personalidade pode continuar no controle do consciente mesmo após a morte do corpo físico, ou ser absorvida pela Individualidade.
INTEGRAÇÃO DA PERSONALIDADE À INDIVIDUALIDADE
Conforme disse antes, a Dra Hellem Wanbach propõe que as novas personalidades são como frutas caindo de um galho de uma árvore e que carregam consigo a bagagem espiritual da árvore mãe e gerando assim uma nova árvore, uma nova vida; e a partir dai seguem caminhos independentes. O entendimento do Hermínio Miranda, baseado na doutrina espírita, é que é gerado sim uma nova personalidade, porém sem perder o vínculo com individualidade. Diz que ao final da encarnação há uma espécie de integração onde as experiências e aprendizados são incorporados ao patrimônio espiritual imortal.
Da minha parte fico tentado a especular sobre o grau de independência da personalidade, mas deixaremos para uma outra oportunidade, mas reconheçamos, essa é uma questão muito complexa.
CONCLUSÃO
Este é um trabalho incompleto, em construção. Não me sinto competente sequer para propor avanços sobre essas ideias iniciais, em como testar ou expandir esses conceitos. Contudo se esse modelo for capaz de explicar razoavelmente bem esses intricados fenômenos penso que já é um bom começo.
Mauricio Mendonça
Coordenador do IPCE – Instituto de Pesquisa de Ciencia Espírita
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Hermínio C. Miranda - A Memória e o Tempo”, Editora Lacaster
– Alquimia da Mente”, Editora Lacaster
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos”, Editora FEB
- O Livro dos Médiuns, Editora FEB
Helen Wanbach - "Recordando Vidas Passadas”, Editora Pensamento
Divulgação autorizada
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