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A Ciência não é Materialista

  • Foto do escritor: IPCE
    IPCE
  • 3 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Um repórter ao preparar uma matéria para revista ou televisão tratando de algum fenômeno tipicamente espírita, comumente no final da reportagem eles consultam um cientista para falar de “como a ciência explica o fenômeno” em análise. O habitual, então, é que seja dada alguma explicação alternativa que não inclua a hipótese paranormal. Dessa forma os autores da reportagem consideram que garantem a imparcialidade da matéria: “mostramos a explicação espiritual e também a científica”.

Aparentemente isso parece bastante acertado. Acontece que há um grave erro epistemológico nessa abordagem. A Ciência, no seu sentido mais apropriado nessa circunstância, é totalmente neutra nesse aspecto. Pois o que melhor descreve a Ciência é o seu método, que nada mais é do que uma ferramenta de investigação dos fenômenos naturais. Então, a pergunta correta seria: “Como os cientistas materialistas explicam os fenômenos em pauta?”. A resposta do cientista não mudaria em nada, mas o leitor teria uma correta compreensão sobre problema.

É do senso comum dizer que a maioria dos cientistas adotam pessoalmente uma visão materialista, e portanto recorrem a ela para explicar os diversos fenômenos. Não há qualquer problema quanto a isso, o materialismo reducionista é uma visão de mundo (ou paradigma) perfeitamente válida. O problema é quando se quer dá voz a Ciência através desses cientistas que evidentemente não tem a neutralidade que o método científico exige.

O materialismo reducionista, que reduz existência de tudo no universo à matéria e forças físicas, excluindo portanto, a existência de um domínio espiritual, é uma filosofia, uma teoria metafísica e não uma teoria científica, uma vez que não é baseada em fatos e sim em suposições e mesmo crenças pessoais. Eles não conseguem explicar, por exemplo, como o cérebro produz a consciência. A pseudo explicação é que em breve a “ciência” irá poder explicar totalmente essa questão. O problema é que essa promessa já se arrasta desde o século XVIII com alguns filósofos alemães e muito pouco se avançou nessa questão, a não ser o estabelecimento de relações entre alguns fenômenos mentais com ativação de regiões específicas do cérebro. Erro similar cometem aqueles que açodadamente afirmam nas tribunas que tal pesquisa “prova” a existência de espíritos, pois a atual filosofia da ciência rejeita o conceito de prova definitiva (a verdade), elas na verdade apoiam a veracidade da hipótese da sobrevivência da consciência após a morte, podemos dizer fortes evidências a favor.

De fato, a academia, os homens e mulheres de ciência em geral, adotam o paradigma materialista, mas percebe-se atualmente uma considerável movimentação introduzindo novas problemáticas nas pesquisas, notadamente nas questões que envolvem medicina e espiritualidade. Além disso grandes nomes da ciência defendem abertamente visões que expandem o conceito dos fenômenos naturais, para além da matéria. …. E que venham novas idéias.

Mauricio Mendonça

Coordenador do IPCE - Instituto de Pesquisa em Ciência Espírita

ipce.ce@gmail.com

Divulgação autorizada

 
 
 

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